quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Comboio do Dinheiro, versão portuguesa


Apesar de estar dependente dos transportes públicos, quando me perguntaram se podia estar em Vendas Novas às 15h00, respondi que sim. Uma terra que está a menos de 100km de Lisboa deve ter transportes públicos que chegue, não é? É pá, não...
Levantei-me por volta das 7h30 e, ainda antes de comer, fui ver os horários dos comboios e dos autocarros, para ver qual o que se adaptava melhor. Resultado: Expresso há um a meio da tarde e comboios há dois de manhã (à hora que me levantei já tinha perdido um e o outro estava quase a perdê-lo) e dois de regresso ao final do dia (para quem regressa do trabalho).
A sorte foi que consegui arranjar uma boleia, ainda de manhã, mas mesmo assim perdi o dia todo.
Como lá cheguei 4 ou 5 horas antes daquilo que era necessário, fui dar uma volta à terra à procura de um sitio sossegado para desenhar. A estação dos autocarros estava calma mas nada que se comparasse à estação dos comboios.
Nada, ali não se passava nada. Todas as portas fechadas e ninguém na estação. Até que enfim que o Governo se lembra do pessoal que gosta de sossego e que precisa de um sítio onde estar. Ali sim, há qualidade de vida. Uma estação e um ramal novinhos em folha, requalificados no ano passado (ando bem informado...) que custaram umas boas dezenas de milhões, adaptados a quem gosta de tranquilidade. Tudo bem que têm que lá passar 8 comboios por dia mas pronto, não se pode ter tudo.
Os jardins lá da terra, cada qual com o seu idoso sentado num banco, são muito agitados para mim. Para a próxima, levo o farnel e, à hora do almoço, vou à estação fazer um pique-nique. Antes de dormir a sesta, claro.

1 comentário:

  1. Isso de encontrar um local desses e dormir a sesta é que é "cumós ricos"...

    http://simaoescuta.blogspot.com

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