segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O meu desejo para o momento que se aproxima


Quer escolham viver esse momento mágico em casa, na casa de amigos, numa discoteca, num cruzeiro ou na rua, o importante é não perder a noção de que o mais importante ainda está por vir, de que grandes emoções ainda estão por viver e que as dificuldades só se farão sentir depois da festa.
Por cá, as mulheres da casa já estão a guardar o lugar no sofá para esse grande momento.
Para o evento só tenho mesmo um desejo: que não ganhe a Jéssica. Não é por mim nem pela Maria, que nem sequer sabemos quem seja a moçoila. É pela minha mãe. Ela não lhe acha piada e as minhas irmãs concordam. E se elas o dizem, eu estou nessa.
Ah, é verdade, parece que o ano muda hoje. Com toda esta emoção, quase que nem dava por isso. Também não percebo quem é que marca a passagem de ano para o mesmo dia da final da Casa dos Segredos...
Mas bem, desejo um Bom Ano Novo a todos, que seja repleto de sucessos a todos os níveis e que saibamos dar a volta aos desafios que se aproximam, com a elevação que desde que somos uma nação temos mostrado a todo o Mundo!
Ah, e que não ganhe a Jéssica.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Não deitem fora os burros e as vacas

Recentemente foi publicado um documento que deixou muita gente em suspenso. Um texto que conta a história de pessoas muito pobres, da difícil vida que lhes estava destinada, e que faz a sociedade reflectir num dos maiores enigmas da Humanidade. Um enigma maior até que a expulsão do Wilson da Casa dos Segredos. Bem, não exageremos. É grande, mas talvez não seja assim tanto. Falo, afinal, da existência (ou não) do burro e da vaca no Natal.
Uma leitura atenta deste documento, que parece ter sido escrito por um alemão, não deixa quaisquer dúvidas e confirma os piores receios: há mesmo burro e há mesmo vaca. Não há volta a dar.
O livro, chamemos-lhe assim, dada a sua profundidade, não pode ser lido de forma literal. Tem de ser lido com toda a atenção, pois as grandes revelações estão nas entrelinhas. Uma leitura baseada apenas na interpretação directa das suas palavras não será capaz de extrair a grandeza dos acontecimentos e ensinamentos nele contidos. E ele contém grandes revelações. Sim, porque a existência de um burro e uma vaca é, porventura, a mais pequena de todas.
Neste histórico texto de que falo, com o sugestivo título "Orçamento de Estado 2013", uma das maiores revelações está na passagem "Cortes nas Pensões". É aqui que é mais evidente a existência do burro, apesar de a sua presença também estar implícita noutros capítulos. Só mesmo o burro conseguiria olhar para as ilegalidades contidas neste capítulo e encolher os ombros, quando tudo o que lhe competia era que perguntasse aos seus amigos se aquilo era grave ou não. Em vez disso, o burro preferiu ignorar que pessoas reformadas, já de si pobres, vão ficar ainda mais pobres, apesar de terem descontado toda a vida. Talvez tenha sido por inveja dos pensionistas que, ao contrário dele, também reformado, ainda conseguiam esticar a sua reforma para as despesas e que agora vão, certamente, deixar de conseguir. Pelo menos assim, o burro vai estar em pé de igualdade com os outros reformados do país.
É fácil perceber as dúvidas da sociedade quanto à existência ou não do burro, já que não é qualquer um que o consegue ver. É preciso acreditar que ele lá está, porque na verdade, ninguém o vê a fazer nada. É uma questão de fé. Eu tinha avisado que era preciso ler nas entrelinhas.
Já no caso da vaca, não é preciso escolher nenhuma passagem em particular para se perceber que a sua existência é bem real. Ela está em todas elas, mas de forma subliminar. Seja no aumento do IRS, nos cortes da Saúde ou da Educação, a vaca marca a sua presença, cada vez menos discreta. Ao contrário do burro que nada faz, a vaca, como animal que dá de mamar, acaba por ter uma maior intervenção na história, cobrando o que bem entende pelo seu leite que alimenta quem a rodeia. Como, inclusivamente, é mais corpulenta que o burro, ela própria aquece mais o ambiente que o próprio jumento, levantando, também aqui, sérias dúvidas quanto à real necessidade de se ter um burro.
Toda a história tem pouco de novo e fica-se, até, com a ideia de que apenas foi publicado o início, ficando o final por desvendar. Para já, deu para perceber que vai acabar mal. Só ainda não se sabe para quem. Quer dizer, para o burro vai de certeza.
Só achei curioso que tenha sido lançado na mesma altura um outro livro, escrito pelo Papa Bento XVI, que também aborda a temática do burro e da vaca. Apesar do autor deste livro também ser originário da Alemanha, à semelhança dos verdadeiros autores do primeiro texto de que falei, é bastante mais explícito na sua mensagem. Aqui não foi a presença dos animais no presépio que me causou dúvidas, porque isso está bem explícito na passagem “(…)Nenhuma representação do presépio prescindirá do boi e do jumento.” E por isso não acredito que haja alguém que saiba ler que não o perceba. A única coisa que me suscitou alguma desconfiança foi a proveniência dos Reis Magos. De Espanha? Parece-me mais que o Gaspar e os seus amigos partiram de terras lusas para levar os presentes à vaca, quer dizer, ao menino, mas isso já sou eu a divagar.

PS: esta foi a idiotice #4 publicada no P3, que também podem ler aqui. Sim sim, já são 4 e ainda ninguém me bateu à porta de casa para me por um saco na cabeça e levar até ao Relvas. Só por isso já está a correr bem.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal! (sim, a todos...)


Escapei-me do árduo trabalho de polvilhar os cuscurões com açúcar e canela que a minha mãe está a fazer para vir aqui deixar os meus desejos sinceros de Feliz Natal a todos os que se dão ao trabalho de passar por aqui! Aos outros também, vá, que no Natal fico assim um mãos largas.
Bem, agora tenho que voltar, porque há cuscurões que precisam de mim. Estes ainda é o menos. Estou a ver é que ainda vou ter que ir impor respeito a uma tablete de chocolate e uns ovos que estão mesmo a pedi-las. Mas bem, como eu sou um coração mole, o mais certo é que só seja capaz de bater nas claras.
Afinal de contas, é Natal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Trabalho de equipa

Mais cedo ou mais tarde, todos sabíamos que este dia haveria de chegar. Não adianta fingir e assobiar para o lado porque esse dia chegou. E não há nada a fazer quanto a isso.
Chegou o dia em que... volto a pedir que me ponham um "gosto" nesta imagem no facebook da mysugar, porque concorri a um concurso de "gostos" ilustração e, para ver os meus bonecos a embrulhar chocolates, preciso mesmo da vossa ajuda. É uma espécie de trabalho de equipa em que vocês jogam todos a ponta de lança.
Neste momento, a coisa está preta. As votações duram até sábado e já estou 400 "gostos" atrás do primeiro. Mas, tendo em conta os milhões de pessoas que aqui passam todos os dias, não deve haver grande problema. Estive quase para fazer este triste choradinho meia hora antes do fecho das votações, que será sábado à meia noite, mas não fosse a malta estar às compras de Natal, achei melhor não arriscar. Nem toda a gente tem as prioridades bem definidas, e é preciso contar com essas pessoas também.
Fica aqui o link para cumprirem com o vosso dever bloguístico. Agora não se ponham é a ver os outros concorrentes e a votar no que acham que é mesmo o melhor. Tudo menos isso.
Estou a confiar em vocês.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O mundo estava tão bem sem diospiros...


Só há duas coisas capazes de fazer a minha Maria trepar a uma árvore: ser perseguida por um monstro de três cabeças, com baba ácida e garras piores que unhas de gel acabadas de fazer e apanhar diospiros. Neste último caso, há só uma obrigatoriedade: a árvore tem que ser um diospireiro. No primeiro caso pode ser uma árvore qualquer que ela não é esquisita.
Apercebi-me disso quando, há dias, fui com ela apanhar apanhar bolas de gosma vermelha diospiros ao pomar da minha sogra. Apanhámos os pedaços de compota apodrecida com forma de fruta diospiros que estavam à distância de um braço e, quando me preparava para, finalmente, voltar para o sofá e agarrar firmemente com a mão o meu companheiro de 20cm de comprimento,que tem um pequeno orifício na ponta que faz magia (também conhecido por comando da televisão), eis que me surge à frente a Maria com um escadote podre. E, para me fazer sentir mesmo mal, nem me pediu para eu subir. Subiu e apanhou mais uns quantos vómitos instantâneos diospiros.
Claro que numa situação destas, um homem não se pode ficar. Quando ela apanhou os engrossadores de língua automáticos diospiros que conseguiu, subi ao escadote, estiquei-me mas... desequilibrei-me e parti um galho bem grande cheio de enjoadores imediatos de 1º grau diospiros.
Antes de olhar para baixo, tentei pensar numa boa desculpa, mas, não sei porquê, não conseguia ter pena do que tinha acontecido. Estranho. Preparei-me para enfrentar a asneira que tinha feito, que é como quem diz, pus as mãos nos ouvidos e pedi desculpa mas nada aconteceu. Quando, finalmente, olhei para baixo, estava a Maria a apanhar bolas de ranho de tamanho industrial diospiros que tinham acabado de cair. Toda a gente sabe que ralhar é importante, mas não tanto como um pedaço de tripa que mais parece que andou alguém a jogar à bola com aquilo diospiro madurinho. Quando for preciso mudar uma lâmpada cá em casa, é só pendurar lá um bicho em decomposição diospiro que tenho a certeza que ela trata logo do assunto.
Eu cá, não vou dar a minha opinião acerca desta nhanha fruta. Acho que não ficaria bem dizer que me parece que foi um acidente de percurso do Criador quando fez as frutas e que ele devia era estar cheio de pica por ter acabado de criar as mangas, ou os morangos, e, com o entusiasmo, quis fazer uma fruta nova mas, quando a provou, devem-lhe ter dado vómitos, que foram parar ao chão e germinaram aquilo que penso quando a minha Maria é tão apreciadora.
Sim, porque eu sou uma pessoa sensível e ponderada.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Eu estou do lado dos mauzões


Como tenho vindo a constatar que, no caso da greve dos estivadores, os pesos nos pratos da balança entre apoiantes e detractores estão muito desequilibrados, venho aqui deixar os meus 64 kg no prato dos apoiantes. A ver se a coisa fica um nadinha mais equilibrada.
Ao longo das últimas semanas, todos vimos nascer uma nova categoria de monstro. Para quem já estava farto de tentar impor o respeito aos seus filhos e concluído que nem o Homem do Saco nem o Bicho Papão resultavam, surge agora uma nova esperança com o novo, o horrífico, o mauzão… o Estivador.
Honra seja feita ao Governo que conseguiu criar esta nova personagem junto da opinião pública. Bastou lançar uns rumores acerca dos vencimentos e das regalias dos estivadores e, em menos de nada, conseguiu o feito de pôr pessoas, a quem fez tremendos cortes nos rendimentos, a revoltarem-se contra a única classe de trabalhadores que, até hoje, fez alguma frente de verdade ao próprio Governo. Tem havido outras greves e manifestações mas nada que faça o Governo recuar, com excepção da TSU. Quer dizer, quando há manifestações à porta da Assembleia em dia de votação de uma determinada lei, o Governo recua ou avança, mas apenas na hora da votação para não coincidir com a chegada dos manifestantes. Mas isso devem ser coincidências.
Todos querem alguém que faça frente ao Governo, mas quando aparece quem o faz, primeiro é preciso ver a sua folha salarial. É sabido que, neste país, só se pode queixar quem ganhar menos que o salário mínimo. Até parece que os estivadores não sofreram já com os mesmos cortes e aumento de impostos. E ao fazerem greve, mesmo que apenas às horas extraordinárias, fazem-no às suas custas, em protesto contra a precariedade em que a sua profissão corre o risco de ficar.
É isso e o facto de se ter descoberto que para entrar na estiva é mais fácil sendo familiar ou amigo de alguém que já lá esteja. Ui ui. Uma tremenda imoralidade. Aliás, este é um dos factores que mais revolta tem levantado nas pessoas e nos políticos. E com toda a razão. Sim, porque uma coisa é a Ministra do Ambiente contratar a irmã da Ministra da Justiça, obviamente pelo extraordinário currículo, outra coisa é os estivadores fazerem isso (até porque duvido muito que a irmã da Ministra perceba alguma coisa de como carregar um navio).
Claro que nem toda a gente tem a sorte de trabalhar em sectores supostamente tão pequenos, unidos e poderosos como a estiva ou os partidos políticos, mas a ideia que dá é que as pessoas que criticam a greve dos estivadores são aquelas que, há muito, abdicaram do seu direito de reivindicar contra as dificuldades que lhes são impostas e procuram consolo na miséria alheia. É mais fácil suportar as dificuldades sabendo que não se está sozinho.
Apesar de todo o poder que lhes é atribuído, foram precisos três meses de greve dos estivadores para que o Governo aceitasse apresentar uma proposta alternativa à primeira lei. Três meses. Cá para mim, fizeram essa proposta nos dois dias antes de a apresentarem porque o resto do tempo devem ter estado escondidos atrás dos contentores a ver se os malandros desistiam da greve. Mas não desistiram. E com isso conseguiram que o Governo fizesse algumas cedências a uma lei imposta pela tia Merkel, com o objectivo de perceber se por cá a coisa corre bem para depois se implementar igual no resto da Europa. É como os medicamentos novos. Primeiro testam-se no terceiro mundo e só depois se usam no primeiro. Tal e qual.
De qualquer das formas, alguns sindicatos já suspenderam a greve e já são poucos os que ainda a mantêm. Por isso, estou optimista – mais três mesitos, dois ou três telefonemas do Passos à Merkel a ver se pode ceder aqui e ali, e a coisa está resolvida.

PS: esta foi a minha 3a crónica no P3 e a que me demorou mais tempo a escrever... Descobri que para falar de certas coisas é preciso ter conhecimentos sobre elas. Caramba, é tão mais fácil dissertar sobre os assuntos que realmente interessam à Humanidade, como as vezes em que adormeço no comboio ou aquelas em que o meu carro me deixa ficar mal...

domingo, 9 de dezembro de 2012

Entra lá, vá...


O espírito do Natal já chegou cá a casa. E chegou com uma força tal que agora só me apetece ouvir a Mariah Carey e os Wham. Este ano apeteceu-me variar.
Pronto, ok, e a versão de Natal do Gangnam Style, eu admito...
E ao contrário de outros anos, desta vez não foi a instalação da árvore de Natal nem do presépio que arrastaram o espírito natalício para cá (até porque estes ainda estão arrumadinhos nos respectivos caixotes à espera das 21h25 de dia 24 de Dezembro para serem devidamente montados antes da Consoada, na melhor das hipóteses) nem as luzes de Natal nas ruas e as respectivas queixas das pessoas porque a cada ano lhes parecem menos. (Eu, por acaso, até gostava de saber se essas pessoas, quando tiram as luzinhas do caixote do ano anterior para as montarem outra vez, as conseguem por todas a funcionar... Cá em casa, por cada ano que passa, há sempre 6 ou 9 que vão à vida. Com sorte, este ano ainda acenderão as suficientes para dar uma volta à árvore mais uma luzita para o presépio. E com as luzes das ruas, de certeza que acontece o mesmo. Se bem que este ano pode ser que haja menos luzinhas a fundir. Como a electricidade passou a ser chinoca, pode ser que se dê melhor com as luzes do chinês. A ver vamos.)
Adiante. O espírito de Natal entrou em casa porque ao fim de 5 dias a ouvir músicas de Natal sem parar, tive mesmo que o deixar entrar.
Sim, 5 dias. E foi porque a Maria até percebe bastante de powerpoint (sim sim, é quase uma especialista, vá, mais coisa menos coisa...) porque senão era bem pior. E 5 dias foi só o tempo que ela precisou para fazer uma apresentação sobre o Natal para os alunos da Escola Primária dela lá em casa, com tudo o que é música infantil de Natal. Anda armada em Ministra das Finanças, o que é que eu hei-de fazer... Desconfio é que o espírito de Natal, por esta altura, também já entrou em todos os vizinhos do prédio.
Agora a sério, já ouviram o Pato Donald a cantar músicas de Natal? É demais. Eu podia passar 5 dias a ouvir isto que não me chateava nada. Quer dizer, agora que penso nisso...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Qualquer semelhança entre a crise do Sporting e a de Portugal é pura coincidência


Nos últimos tempos, tenho ouvido várias pessoas a comparar a situação de crise actual do Sporting Clube de Portugal à crise vivida pelo nosso próprio país, Portugal, dizendo mesmo que as parecenças entre as situações de ambos são de tal ordem que, inclusivamente, uma pessoa que comece a ouvir uma conversa a meio sobre uma delas não será capaz, à partida, de identificar de qual dos temas se está a falar.
Ora, parece-me que tudo isto é um exagero pegado. Tanto o Sporting como Portugal vivem actualmente períodos bastante conturbados. Ambos já tiveram tempos na sua história em que, ao contrário daquilo que hoje vemos, foram grandes conquistadores (talvez mais um do que o outro, mas isso não interessa nada), mas daí a que a situação de um seja confundível com a do outro, só por maldade alguém o poderá pensar.
Quer dizer, tirando o facto de, neste momento, tanto um como o outro, estarem a ser dirigidos por quem não percebe nada do assunto mas que, teimosamente, continua a aplicar a mesma receita, apesar de toda a gente (incluindo quem os elegeu) já ter percebido que assim não se vai a lado nenhum. Ah, e que não se demitem por estarem convencidos do excelente desempenho que estão a ter, claro.
Pronto, e tirando também o facto de estarem ambos falidos e nas mãos de bancos. E que, com o desespero provocado pelas contas ruinosas, terem ido os dois procurar investidores à China. E que até, para terem direito aos pagamentos do organismo europeu que os tutela, tiveram que se endividar ainda mais. E que, apesar disso, tanto um como o outro tiveram um desempenho desastroso nos encontros europeus que tiveram. Agora, de resto, o que é que uma tem que ver com a outra? Nada.
Pronto, já agora tira-se também o facto de que, sempre que anunciam um novo desaire, as culpas vão direitinhas para uma equipa de três elementos, que, em grande parte das vezes, é mais um bode expiatório que outra coisa. E que, em ambos os casos, lá aparece um pobre coitado em frente às câmaras a dizer: “Temos que levantar a cabeça. Demos bons indicadores de estarmos a melhorar e queremos mostrar a todos que estamos numa fase ascendente. E pedimos que acreditem no nosso trabalho…”
Ah, e esquecendo que, talvez (talvez), tanto num caso como no outro, depois de investirem na formação de novos profissionais, em vez de os rentabilizarem lá dentro, lhes abrem a porta de saída porque não sabem tirar proveito deles e apenas pensam no lucro imediato, dando a outros a ganhar imenso com os conhecimentos que pagaram para esses profissionais possuírem. Já para não falar nos avultados investimentos que ambos fizeram em activos que, apesar de caríssimos, pouco ou nenhum proveito lhes deram para além de contas para pagar no futuro.
E já que aqui estamos, tirando também o facto de que os locais onde se reúnem estarem cada vez mais vazios por dentro e mais cheios por fora, com os adeptos de ambos à espera do lado de fora para atirarem pedras e insultos em vez de aplausos e elogios.
De resto, sinceramente, como qualquer pessoa vê, uma coisa não tem mesmo nada que ver com a outra. É que nada de nada. Agora uma coisa é certa. Apesar de a situação de um ser completamente diferente da do outro, a solução para os problemas de cada um (ou pelo menos a solução para os maiores, vá) está mesmo à vista no outro. Deixo só aqui dois exemplos para se perceber o potencial da coisa. O Sporting podia passar a transportar os seus jogadores para os jogos em carros de alta cilindrada. Toda a gente sabe que é mais difícil acertar com pedras em carros rápidos e baixinhos do que em autocarros. E a Assembleia da República podia mandar instalar bancos de cores aleatórias no hemiciclo. Dava logo a ideia de que estava sempre cheio de ministros e deputados, todos muito preocupados com o estado do país e a trabalhar para o melhorar.

PS: este foi o segundo texto que escrevi no P3 e que podem ver também aqui. Sim sim, é verdade. Depois da primeira remessa de idiotice, deixaram-me continuar...