terça-feira, 28 de maio de 2013

Post de autoajuda


Há dias em que tudo parece mau:
O telemóvel vai no tabuleiro do MacDonalds e temos que voltar ao velhinho tijolo.
O computador da Maria cai ao chão e o ecran passa a funcionar só em metade do tamanho.
O trabalho corre mal e dá a ideia de que se vai viver para debaixo da ponte porque mais ninguém vai querer o nosso trabalho.
O carro arranja uma avaria nova super irritante em que parece que está um piriquito debaixo do capot.
Jesus mostra vontade de passar a usar vestes azuis e brancas.
O gato passa por frestas de janelas e empoleira-se na guarda metálica (com 3cm de largura) da janela da cozinha, no 3º andar.

Mas não. Não é tudo mau, porque é nesses dias que se:
Volta a jogar o Snake, ideal para viagens de autocarro e metro.
Começa a treinar a lidar com um ecran de pc pequeno, para quando se comprar um tablet a adaptação ser mais fácil.
Apercebe que até conseguimos fazer coisas novas e diferentes no trabalho.
Descobre que pondo o auto-rádio mais alto a avaria do carro desaparece.
Deseja que o Jesus continue a ser o mesmo profissional com os mesmos resultados.
Vê que o gato não tem tendências suicidas e que afinal não estamos condenados a ter sempre as janelas fechadas.

Nota: este desenho foi feito mais tarde, após a acrobacia do menino, recorrendo à imaginação, depois de levar quase com um ataque cardíaco em cima. Estou a falar a sério. Não façam queixa de mim a nenhuma associação de defensores dos animais. É que nem uma foto tirei, caneco.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

É mais chata do que eu


Desde que fiz o meu blogue que tenho vindo a fazer headers para outros blogues. Eu sei. Vindo de um tipo cujo header do próprio blogue aparece com as letras cortadas, não era de esperar que isso acontecesse, mas é melhor não trazer esse assunto que às tantas ainda ninguém reparou e depois afugento a clientela.
Desta vez, o header foi uma prenda de uma blogger para outra, o que é sempre bom para aumentar o stress da coisa - não só é preciso agradar a quem nos pede como ficar a fazer figas para que a outra pessoa também goste.
Mas verdade seja dita que, neste caso, tive uma grande ajuda. Afinal de contas só tive que imaginar uma cena que conseguisse juntar: um vibrador massajador facial, uma garrafa de vinho Lambrusco, uma mala de senhora, um pacote de amendoins, um livro, um monte de vernizes, o Joge Jasus, o Glorioso e uma farmácia.
Com excepção do equipamento de vibração - ela não precisa, se é que entendem (estou a piscar o olho com olhar maroto), isso é praticamente a definição da mala da Maria. Quer dizer, vendo bem, há outra diferença: a foto que a Maria tem na mala não é do Jesus - é do seu "ai Jesus". (e volto a piscar o olho... é melhor não exagerar, certo?)
No blogue dela podem ver a versão a cores do boneco. E já agora, se não conhecem o blogue, aproveitem. São reflexões antropofilosóficas sérias acerca da problemática do atendimento de utentes de estabelecimentos de comercialização de fármacos em estados psicológicos adversos, cuja explicação acerca das suas enfermidades nem sempre é a mais correcta ou mais explícita, levando, por vezes, a lapsos de ordem farmacológica por parte da funcionária do estabelecimento, que a obrigam a exceder a sua capacidade de percepção do mundo que a rodeia e a superar-se, fazendo deste, no fundo, um mundo melhor, sabendo-se à partida das dificuldades acrescidas pelas quais a funcionária sofre por ser adepta de um clube praticante de futebol que equipa de vermelho.
Recomendo.

domingo, 19 de maio de 2013

A importância de "acertar as pontas"


Aqui há tempos, num jantar entre amigos, a conversa foi parar à política. Eu sei que é imperdoável mas caramba, os temas futebol, religião, profissões, famílias, livros, banda desenhada, poesia, música, passeios, viagens, terras de origem de cada um e gastronomia já se tinham esgotado. As alternativas já só se resumiam a Política e Big Brother Vip, por isso, e porque como já era tarde, escolhemos o tema com menos conteúdo.
Mas tendo em conta que anda tudo cheio de falar dos Passos Coelhos, Paulos Portas, Vítores Gaspares e Cavacos Silvas desta vida, era preciso que alguém lançasse o tema de forma convincente. Ao fim de 5 segundos calados há espera de um corajoso que conseguisse entrar no tema, oiço, do outro lado da mesa:
"Vamos eleger o melhor político da actualidade!" (eu sei, quando se quer mesmo muito conversar às 2 da manhã, a beber "refrescos" de Macieira, é preciso estar preparado para tudo)
Toda a gente gostou da ideia (sim, estávamos todos no mesmo barco) e as votações começam. O António Costa já ía destacado, até que chega a minha vez. Antes que eu pudesse  fazer a minha votação, levo um par de estalos verbal, que até fico com vontade de votar José Seguro:
"Vá, escolhe lá um de esquerda. Sim, com essa barba toda a gente sabe que és de esquerda!"
Oi? Barba de esquerda? Passo a mão na cara, sinto as saudades de 6 longas semanas afastado da minha lâmina de barbear (desde que foi passar umas férias à banheira e passear nas pernas da Maria que nunca mais a vi), olho em volta e fico sem perceber: todos os gajos têm barba grande mas só eu é que tenho barba de esquerda? Eu à espera de ouvir elogios do género "Ena, pareces o Bruno Nogueira na Odisseia! Ele é um tipo porreiro, por isso, tu também és de certeza! E giro. E altamente. E espectacul..." Mas nada disso. Ai, se fosse o Bruno Nogueira, era espectacular, como sou eu, sou só um tipo que gosta dos Comunistas e Bloquistas e que, às tantas, até tem um didgiridoo em casa e uns vasos na janela.
Dados os meus fracos conhecimentos na matéria, passei o resto da noite a tentar descortinar o porquê de só a minha barba, no meio de tantas, ser a única de "esquerda". Pelo tamanho não era. Pela farfalhudice também não, porque havia delas lá bem jeitosas. Já estava a desanimar quando me ocorre que, às tantas, por estúpido que possa parecer, era por não ter as pontas da barba aparadas. As barbas daqueles tipos estavam alinhadas nas bochechas e no pescoço. Tipo Miguel Frasquilho, estão a ver? Deputado do PSD, lá está! Tudo fazia sentido. E a minha não. Eu sempre achei que "acertar umas pontas" era coisa de mulheres quando iam ao cabeleireiro. Mas já se deve ter alastrado aos homens. Caramba, havia coisas bem melhores que os homens podiam roubar às mulheres sem ser os cuidados capilares. Roubar a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo tinha sido muito mais bem pensado.
Mas não deixa de ser incrível como cortar uns pelos nas bochechas e outros no pescoço pode logo alterar a área política de um gajo. Quer dizer, no jantar, quem ganhou a eleição do melhor político foi mesmo o António Costa com maioria absoluta por isso, às tantas, a barba acertada não é um exclusivo do pessoal de direita. Esperem lá, será que os tipos de esquerda que acertam a barba é porque querem passar despercebidos? Cada vez percebo menos disto. Vai na volta, o pessoal que acerta a barba nas bochechas e no pescoço é porque acha que fica bonito assim. Nááá....
Por via das dúvidas, na próxima vez que fizer a barba (deve estar para breve, a Maria já me disse: "A sério, já não te fica bem." sem se rir.), vou acertá-la nas bochechas e vou assim ao banco pedir um empréstimo, a ver o que é que acontece. Da última vez que a fiz, experimentei fazer a barba à Pacheco Pereira e fui à padaria comprar pão só para ver se me tratavam de forma diferente mas não consegui perceber se os papos-secos que me puseram no saco eram os "mais cozidinhos" ou não. Mas não volto a experimentar esse tipo de barba. Duas velhotas olharam para mim de uma maneira esquisita e não quero voltar a passar por isso.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Amanhã a taça é nossa


Tenho andado preocupado com uma coisa que me tem vindo a tirar o sono já desde sábado. Uma coisa que, a ser verdade, é capaz de deixar 6 milhões de pessoas chateadas comigo. Como isto me anda a corroer por dentro, decidi deitar tudo cá para fora.
Cá vai - tenho quase a certeza que o Glorioso perdeu no sábado por minha culpa. Sim. Há um culpado para o desaire e não é um tipo com o cabelo pelos ombros, impenteável e amarelado. É um que tem o cabelo quase pelos ombros, impenteável mas castanho. Sim. Moi même.
O Benfas, por mais dinheiro que gaste em jogadores e treinadores, só ganha quando eu estou a acompanhar os jogos - seja no estádio, pela televisão ou pelo rádio. As pessoas nem imaginam o que é a minha vida quando o SLB joga, e, mesmo com tanto esforço e dedicação, nunca recebi, sequer, um agradecimento da direcção do clube. Ou um cheque, vá.
Neste sábado, antes do jogo com o Porto, fui jantar a um centro comercial com a Maria. Para grande espanto da minha parte, na zona da restauração, todas as televisões estavam na tvi. Nada de Sportv. Como tinha que me despachar para apanhar o jogo nalguma loja, engoli a refeição à pressa. O que vale é que era daquelas de fast-food já pré-mastigadas. Com tantas vantagens que trazem, não sei como é que ainda há pessoas que dizem mal daquele tipo de comida.
Como a Maria não fazia ideia de que ía haver jogo e queria ir ver umas montras, aproveitei a dica e fomos dar uma volta por ali. Ela à procura de umas pulseiras, eu à procura de uma tv.
De passagem pela loja da Meo, vi um aglomerado de gente e saí disparado para lá, para "...ver o pacote da fibra...". A Maria, que não gosta de conversas sobre o pacote, foi dar uma voltita e eu prometi-lhe que seriam só 5 minutos - é o correspondente a 45 minutos a ver montras para ela.
O jogo começou com grande expectativa e bastaram uns minutos para o Lima marcar. Tudo estava a correr bem quando a senhora da Meo, que deve ser tímida e não gostar de plateias na sua loja, se levanta e, sem dó nem piedade, muda para a Sic. Instala-se o pânico em mim, sabendo o quanto a equipa precisava do meu apoio. Olho em volta e avisto ao longe um magote de pessoas numa loja tmn. Corro até lá e chego mesmo a tempo de... ver o "auto-golo" do Artur. Nada estava perdido, mas ficou o aviso - não me poderia distrair mais.
Passados 45 minutos certos, lá apareceu a Maria ao pé de mim. Esperámos só pelo tempo de compensação da primeira parte e resolvemos ir para casa. O intervalo dava o tempo suficiente para chegar até ao carro.
A viagem até casa a ouvir o relato foi relativamente calma, mesmo tendo em conta que, quando deixei de ouvir momentaneamente o relato para responder à Maria o que tinha almoçado, o Jackson Martinez fez um remate perigoso à baliza do Benfica. A culpa foi minha em achar que me podia desligar só um bocadinho do relato. Um gajo é romântico e depois arrisca-se... e a Maria nem deu valor. Um gajo tem uma responsabilidade do camandro, e ela ainda se chateia por eu responder à pressa.
Chegados ao parque de estacionamento de casa, a dúvida instalou-se: teria eu tempo de sair do carro, chegar a casa e ligar o rádio sem que o Benfica sofresse um golo? Eu sei. Tudo indicava que não devia arriscar, mas o jogo estava quase a acabar e resolvi ter fé na equipa e saí a correr do carro para casa. Liguei o rádio e... "... o Benfica está a conseguir manter este empate a grande custo..." estava tudo bem. Um alívio.
Dois minutos depois, ouve-se um grito estridente. Era a Maria:
"O GATO MORDEU-ME!"
Num momento de fraqueza, desliguei-me do jogo e perguntei-lhe:
"Estás bem? Estás a sangrar? Queres que te leve alguma cois..."
O resto já toda a gente sabe. O Kelvin aproveitou a desconcentração da equipa e marcou. É o que dá eu ser um romântico incurável.
Por isso, prometo que amanhã vou ver o jogo na sala de casa de porta fechada à chave, com o telemóvel desligado e uns phones para ouvir o relato.
Ah, e vou deixar um papel pendurado no frigorífico com a descrição do que tiver comido ao almoço e pendurar o abat-jour do candeeiro da mesinha de cabeceira no pescoço do gato.
Vai ser limpinho limpinho.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Somos todos feitos do mesmo


Outra das coisas que mais gosto no facebook (nota-se muito por este post e pelo anterior que tenho passado algum tempo no facebook? já tentei o twitter mas acho que as postadas lá até fazem eco, de tão vazio que aquilo é) é a possibilidade que nos dá de conhecer e conversar com imensas pessoas de outros lados do Mundo. E o que mais me admira sempre é o quão parecidos na maneira de ser todos nós somos.
Tenho falado com tipos em Espanha, Irlanda, Angola, Moçambique, Marrocos, entre outros, e as semelhanças são impressionantes. Oiço pessoas a dizer que fora do nosso país há diferenças culturais muito grandes mas, pela minha experiência de conversas no facebook vida, aquilo que posso concluir é que as pessoas destes países, por incrível que pareça, têm uma maneira de ver a vida muito parecida com a minha, idades muito parecidas com a minha, estudos muito parecidos com os meus e até algumas andaram nas mesmas escolas que eu mas o mais surpreendente (e disto não estava nada à espera) é que muitas delas nasceram no mesmo que sítio que eu. E todas falam português correcto.
Daqui só posso tirar uma de 4 conclusões possíveis: as pessoas de todo o Mundo nasceram todas na década de 80 e passaram a vir ao nosso país para aproveitar o excelente sistema de ensino e aprender a nossa língua e voltar ao país de origem; há alguém a conversar comigo a fazer-se passar por outras pessoas para me castigar daquilo que eu fazia no mIRC há anos; só ando a conversar com colegas meus que imigraram ou então sou só mesmo um idiota. Estou indeciso entre duas mas como sou um idiota não vos vou dizer quais. Bolas, acho que acabei de dizer uma delas...
Estava eu nesta dúvida existencial quando a آناهیتا میم.ب, (para quem não domina persa, isto lê-se Anahita) cuja imagem de perfil era um desenho de uma rapariga com um gato, meteu conversa comigo no facebook para me pedir um like na página dela. Fiz-lhe o like e pedi-lhe o mesmo. É impressionante o entendimento que se consegue ter com alguém escrevendo só o link da nossa página, um smile e um ponto de interrogação.
Perguntou-me, depois, em inglês, se eu era espanhol (caramba, devo ter feito o boneco demasiado amarelo moreno), respondi e perguntei-lhe de onde era. Disse-me que era do Irão e não perdi a hipótese de brilhar: "Ah, isso aí é mesmo como no filme Persepolis?" Para eles, esta pergunta deve ser o equivalente a "Portugal? Cristiano Ronaldo?" porque a rapariga respondeu logo com enfado, dizendo que o filme retrata o Irão de há 30 anos e que agora não tem nada a ver. Mesmo assim, ainda a medo, perguntei-lhe como era a vida lá, especialmente para as mulheres, e fiquei meio aparvalhado. Pronto, ok, fiquei completamente aparvalhado. Parece que a vida lá é bem boa. Há emprego para todos, recebem imensos emigrantes qualificados lá, o país está a modernizar-se, têm grandes obras em curso (vão ter metro em 3 cidades), as mulheres têm liberdade como os homens (ela está a tirar arquitectura e a mãe é engenheira mecânica e a cena do lenço na cabeça é opcional) e a maior parte gosta de lá viver. O único problema são os governantes idiotas e a mania das bombas nucleares, que fizeram com que os preços das coisas disparassem por causa dos embargos internacionais.
Não sei porquê, mas tirando as semelhanças óbvias: governantes idiotas, o embargo internacional e o metro em 3 cidades (Lisboa, Porto e sei que há noutra mas não me consigo lembrar qual...), fiquei com a ideia de que o Irão pode ser um país bastante atractivo.
E sim, eu estava certo: as pessoas de todo o Mundo são mesmo muito parecidas. :)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Bes Run Challeng3

O facebook é um sítio curioso: um gajo uma pessoa vai deambulando e nunca sabe bem o que vai encontrar. É certo que na maior parte das vezes não se descobre nada de jeito mas, às vezes, lá calha qualquer coisa interessante. Há dias, depois de me deparar com uma página fictícia (acho eu...) sobre astronautas suicidas que se matam com um saco de plástico na cabeça por cima do capacete, descobri a Bes Run Challeng3, uma corrida tri-partida, em Cascais, Sintra e Lisboa cujo prémio, para os melhores de entre as 3 corridas, é a participação na maratona de Nova Iorque.
Como gosto muito de correr, aquilo chamou-me a atenção e fui ver do que se tratava. Depois de ver, cheguei à conclusão que, afinal, não gosto assim tanto de correr e não me inscrevi. Aquilo, basicamente, é para gente doida. Mas acabou por me ficar a vontade de ir ver a de Cascais, a única que já aconteceu. É uma zona bonita e, de certeza, que me iria proporcionar umas bonecadas engraçadas.
E foi aí que me lembrei: "Olha, já que lá vou ver, aproveito e peço uma acreditação de imprensa à organização e assim posso desenhar em sítios onde não poderia entrar sem um cartão ao pescoço." Sim, é o que dá passar muito tempo no facebook - a realidade começa a confundir-se com a ficção.  A parte mais esquisita foi preencher o formulário: "Meio de Comunicação - www.viagensnomeucaderno.blogspot.com, Função - blogger/ilustrador...".
Por incrível que pareça, o meu pedido foi aceite. Não excluo que tenha sido por terem lá acreditações a sobrar ou por alguém na organização também andar a passar muito tempo no facebook, mas o que é certo é que fui muito bem tratado. E nem os meus "colegas" fotógrafos com máquinas de meio metro de objectiva me insultaram nem nada. Ok, talvez por terem pensado que um tipo com um caderno a desenhar e a tirar fotos com um telemóvel tivesse uma acreditação de imprensa por ser filho de alguém da organização mas isso não interessa nada.
O resultado pode ser visto na página do Bes Run Challeng3.
Ah, é verdade: a melhor mulher fez os 10 km em 33 minutos, com uma média de 18,2 km/h. E o vencedor masculino fez os mesmo quilómetros em 30 minutos - média de 20 km/h. Ambos do Sporting. Na cerimónia do pódio, estava um velhote ao pé de mim que quem o ouvisse gritar "Vivó Sporting! Limpámos tudo, caneco! O Sporting é grande!" ia jurar que tinham ganho o Campeonato. Ou o acesso aos lugares europeus, vá.