quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Obrigado pelo banquinho, senhores do Mude


Este post é uma singela homenagem a todos esses homens que sofrem em silêncio, que vivem a sua vida com sacrifício, que lutam todos os dias, porque, tal como eu, têm um relacionamento com uma mulher que não pode passar mais de meia hora sem ir à casa de banho.
Quando se está em casa, nem se dá por ela. Tudo bem que às vezes ficamos a falar para o boneco, mas isso não nos obriga a sair do sofá.
Agora, quando estamos na rua é que as coisas se complicam. Passeios têm que ser em sítios onde haja casas de banho, porque se não houver, a probabilidade de termos que ir procurar uma atrás de árvore é bastante grande. E ter acabado de sair de um café e dar-lhes a vontade não pode ser mal entendido. A bexiga delas tem vida própria e não pode ser forçada. Até porque, se ela (a bexiga) estiver chateada, de nada vale a ida ao wc. E se o passeio for de carro pode acabar a alta velocidade à procura de um café ou, lá está, de uma árvore. Neste caso, penso que o excesso de velocidade não deve dar multa desde que bem explicado ao agente da autoridade. Aliás, o mais certo é estarmos a falar com alguém que padece do mesmo mal.
Uma das minhas últimas experiências neste campo foi no museu MUDE, em Lisboa. À partida, qualquer um pensaria: "Para que serve um banco no hall de entrada de um museu virado para a rua, com o wc mesmo ao lado?" Depois deste post, acho que já toda a gente percebeu. Os homens também têm direitos e um deles é o de esperarem sentados a ver o que se passa na rua.

PS: o senhor da fatiota devia ser o segurança lá do sítio. Esteve sempre a olhar para mim enquanto fazia o boneco e quando saquei do telefone para tirar uma fotografia para depois o pintar, ia-me saltando em cima... "Fotografias não!"

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