quinta-feira, 19 de abril de 2012
Tenho uma lágrima no canto do olho
Este fim-de-semana tive cá em casa o pessoal da faculdade a jantar. Tenho fama de forreta (e talvez, só talvez, um pouquinho de proveito...) mas quando trago amigos a casa, gosto de os servir bem.
O problema é que, quando saio da minha zona de conforto - o forretismo, nunca sei bem como é que as coisas funcionam. Quem me confia a organização de uma refeição, coloca as suas expectativas na zona entre a massa com atum e a massa à bolonhesa, com carne de porco, claro, que é mais barata que a de vaca. Por isso, acabo sempre por sentir uma enorme pressão na hora de deitar as mãos à massa. Não à massa com atum ou carne. À massa, ao trabalho, ao... Acho que já deu para perceber.
Como já estávamos a entrar em stress pré-traumático, eu e a Maria decidimos que a comida do prato principal seria comprada já feita, para termos tempo de organizar tudo: a arrumação da mesa, as entradas, o prato principal e as sobremesas, que a chefe cá de casa não deixa em mãos alheias. Sim, até entradas tivemos, e não estou a falar das entradas das pessoas em casa.
Continuava a faltar a escolha do prato principal. Lembrei-me de frango de churrasco por ser uma coisa prática de comer e resolvi colocar a hipótese à consideração da malta. A resposta foi positiva, mas em todos não pude deixar de notar a recomendação que me deram de comprar muito, em muita quantidade.
Aquilo era, certamente, o medo de passar fome a falar mais alto mas bem, apesar de não ser meu costume, assim fiz. E correu tudo lindamente.
Tão lindamente que, ao querer organizar um jantar, acabei por organizar 5 jantares e 4 almoços. Frango de churrasco é bom, mas 5 dias seguidos, ao almoço e ao jantar é capaz de já não ser grande coisa... Até porque as coxas voaram todas no primeiro dia e o peito de frango, ao 4º dia já parecia pasta de papel. Pasta de papel com geleia de gordura de frango por cima... Hummm!...
Mas hoje, finalmente, após 4 dias de sofrimento, vi novamente a luz (do frigorifico, que o frango escondia) e, por isso, voltarei a perguntar com orgulho e talvez quem sabe, uma lagrimita no canto do olho, de emoção:
"O que é que se faz para o almoço?"
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Tive um problema semelhante com um tabuleiro de arroz de pato que a minha mãe mandou: jantar, almoço, jantar... mas neste caso dava para congelar para almoços da próxima semana!
ResponderEliminarCredo, tantos dias a comer frango pode ser traumático :)
ResponderEliminarEu faço-o propositadamente, já que me cansa cozinhar.
ResponderEliminarSe ainda assim tiverem sobrado uns nicos de frango (asas e isso) faz um empadão!
ResponderEliminar(Viste o meu email, da Marmita Lisboeta?)
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