segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Já estou a fazer figas até à próxima Odisseia


Em fim de semana de Oscars, decidi borrifar-me para os americanos e recostar-me no sofá a tentar ver o que alguns dos melhores actores e humoristas por cá fazem.
Na verdade, o que mais queria ver da cerimónia era  a apresentação do Seth Macfarlane (o génio por trás do Family Guy, American Dad e do South Park), mas para perceber bem a coisa vou ter que esperar que alguém faça as legendas para não me escapar pitada. Podia sempre pedir à Maria para me fazer uma tradução em simultâneo daquilo que o homem dizia, mas o mais certo era ela só conseguir dizer "Que tipo nojento... Este gajo é um pervertido... Como é que tu gostas disto?" e eu ficava na mesma. O humor do homem é capaz de ser um bocadinho, mas só um bocadinho, asqueroso. No bom sentido, claro. E é preciso ter uma certa abertura de espírito para o ver.
Tenho até algum receio de o ver por achar que o risco dele se espalhar é tão grande que às tantas nem vale a pena. Acontece-me muito isso: quando gosto muito de uma banda, de um actor ou de um escritor, dá-me vontade que eles não façam mais nada para não estragarem o que de bom fizeram para trás. Por exemplo, os Metallica editaram, claramente, 9 álbuns a mais. Podiam ter acabado perfeitamente no Black Album. E, na minha opinião de fã incondicional, dos 12 álbuns dos Delfins, 1 ou 2 foram claramente a mais. Ou 12, vá.
E com a Odisseia, do Bruno Nogueira, passa-se um bocadinho isso. O homem tem imensa piada. É dos humoristas mais talentosos e inteligentes que por cá andam mas esta série parece que podia ser tudo mas... falta-lhe qualquer coisa.
Parece aqueles jogos de futebol em que a equipa chega até à grande área adversária mas ninguém chuta à baliza. É giro e entusiasma durante uns minutos e tal, mas depois começa a cansar e as gargalhadas do início de cada episódio vão amarelando à medida que ele se aproxima do fim.
Os episódios têm vindo a melhorar, mas para mim, é sempre uma angústia ver um novo episódio. Nota-se que há trabalho criativo, há imaginação, há vontade de fazer coisas novas mas caramba, se tivesse ficado pelo "Último a Sair" se calhar não se tinha perdido nada.
Como admirador do homem, sei que vou ver todos os episódios. Mas vou começar a ver cada episódio sempre a fazer figas para que a coisa melhor que no anterior. E essa não é daquelas coisas que goste de fazer quando estou a ver alguém de quem gosto tanto.
Haja fé.

4 comentários:

  1. assino por baixo, ainda não tinha coragem de o dizer, porque não queria que alguém concordasse comigo

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  2. Não concordo nada com os metalica. O Black Album é o mais comercial, mas os outros são... fantásticos! :)

    Qt ao resto, partilho da tua opinião

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  3. Também concordo totalmente. É criativa, tem momentos mesmo muito bons, mas não é homogénea.

    Precisa de mais trabalho.

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  4. Filha, as verdades são para se dizer! ;)

    Só Maria, concedo no caso do S&M, que comprei e fez parte do meu crescimento. ;)

    Veruska, tal e qual.

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