sábado, 12 de novembro de 2011

E viva os engenheiros


Fiz uma coisa que estava para fazer há já algum tempo mas que ainda não tinha tido oportunidade: fui a Lisboa passar um dia a desenhar. Este tipo de coisas só se consegue fazer sozinho, por isso, desta vez, não levei a minha senhora.
O dia, em si, foi cheio de imprevistos. Entre ouvir uma senhora aos gritos na rua a dizer que os portugueses estavam todos tramados porque ela ia mudar o nome do país e um rapaz perguntar-me se queria uma "bolota de chocolate" (miudos, esta vão ter que perguntar aos papás o que quer dizer), aconteceu-me de tudo um pouco, de maneiras que me parece que tenho histórias para contar até ao fim do ano.
Aqui, o desenho do Elevador do Carmo, esteve quase para não ser feito. Do outro lado da rua, estava um grupo de 10 trolhas, à boa vida, à espera que chegasse o engenheiro. Mas não eram uns trolhas quaisquer: eram trolhas dignos da capital, daqueles com uma enciclopédia de piropos. E não ter passado nenhuma mulher em mini-saia não os deixou enrascados. Tinham piropos para rapazolas com rastas, para velhotas, para gordos... Com receio que tivessem bocas para pessoas a desenhar na rua, preferi esperar pelo chefe deles, para trabalhar em paz e sossego.
Toda a gente sabe que os engenheiros nunca deixam ninguém ficar mal.

1 comentário:

  1. Olá, descobri agora este teu blog, e estou a adora-lo.
    Quero apenas retificar o nome do elevador ao qual te referes, chama-se Ascensor da Glória, popularmente referido como Elevador da Glória, e liga a Baixa (Praça dos Restauradores) ao Bairro Alto (Jardim de São Pedro de Alcântara, que também hás-de ter visto as suas magnificas paisagens!!!).

    Obrigada pelas maravilhosas viagens!!!!

    Sandra

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